quinta-feira, 12 de julho de 2012

Verídico.

       Não andei postando mais nada nesse blog, por que algo me aconteceu, sim verídico, um história semelhante de A Noiva Cadáver, mas eu não me casei com ela, e nem estava prestes a Casar.
      Todo o Domingo, quando estou na minha cidade, eu tenho o costume de passear no cemitério, pelo crepúsculo, para visitar meus entes queridos, que já faleceram.
       Obviamente levei velas, acendi na Cruz grande para todos os mortos. Volto para meu humilde lar, dou de cara com uma mulher de vestido branco, e véu. Ela disse ser Abandonada na Igreja, e que agora teria de voltar para casa, e pediu minha companhia. Eu cedi, e voltei com ela, chegamos na esquina do cemitério, bem, ela disse que morava perto, que estava boma eu ter ido com ela até ali. Disse tchau, ela me deu um beijo no rosto virei as costa e saí.
       Passou-se uma semana, e novamente fui no cemitério, mas passei por uma ado do cemitério que nunca havia passado. Vejo um túmulo diferente, muito lindo, dou de cara com a foto da mulher que havia levado para a esquina, mas ela morreu em 1920, pois o namorado dela havia abandonado ela no altar. Ela estava voltando para casa e um ônibus a atropelou, segundo minha avó. Depois disso, não sei o que fazer.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Wishmaster (Nightwish)


Mestre!
Aprendiz!
Nascido do Coração, apanhador 7
Guerreiro!
Discípulo!
Em mim o Mestre dos Desejos

Elbereth
Lorien

Uma criança de olhos sonhadores contemplando a noite
Em uma jornada para contador de histórias mente `s
Sussurros um desejo fala com as estrelas as palavras são inhim silêncio
Suspiro distante de um coração solitário
"Eu vou estar com você em breve, meu Shalafi"
Portos Cinzentos meu destino

Mestre! ...

Silvares
Starbreeze

Sla-Mori aquele conhecido somente por Ele
Nos reinos majestosos, a feitiçaria interior
Se você ouvir o chamado da doutrina arcana
O seu mundo não descansará mais na Terra não
Um donzela elfa chamando com a sua música engraçada
"Encontre-me na Estalagem da Última Casa"
Nascido do Coração irá encontrar o caminho!

Mestre! ...

Wishmaster
Cruzada para a sua vontade
Uma criança, Dreamfinder
O Aprendiz se tornando ...

Mestre! ...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Coração Vermelho

Uma menina estava sozinha em casa a noite, seus pais tinham viajado e chegariam cedo no dia seguinte, ela estava amedrontada, não gostava de estar sozinha em uma casa tão grande e escura, então resolveu ligar a TV, era o noticiário, para piorar sua situação a noticia era de um procurado da policia, havia fugido da cadeia no bairro vizinho ao que ela morava, e antes de sair o fugitivo alto, barbado e com a tatuagem de um coração vermelho em seu pé, havia escrito palavras de terror na parede da cela, avisando q mataria mais pessoas pelo que ele passou na cadeia, para mostrar que toda aquela pressão na qual ele foi submetido na cadeia, não mudava nada. Desesperada a menina desligou a TV e afundou na escuridão de seu quarto, tentou relaxar, fazia de tudo para tirar aquele pensamento de que o assassino poderia esta em sua rua no momento e então, colocou o travesseiro entre as pernas como de costume, e cobriu todo o seu corpo, fechou os olhos e tentou dormir, foi quando ela ouviu um barulho da sala antes de seu quarto, entrou em pânico, e ligou a TV novamente, e após ligar, um barulho de algo caindo na sala, como se alguém tivesse se assustado. Mas como? Ela estava sozinha! Quem estava lá? O que? Eram 3 da madrugada, seus pais não iriam ter chegado, ela começou a gelar, não sabia o que fazer, ouviu passos se aproximando, seu coração estava acelerado, ela começou a tremer, vontade de chorar, tinha que ser coisa da cabeça dela, mas então os passos aumentaram, e foram chegando mais perto, ela ficou em choque, e correu para debaixo da cama, e ficou lá prendendo o choro de pânico, sua veia pulsante de medo, uma pessoa entrou no quarto dela, e foi se aproximando, ela olhou por debaixo da cama, e só conseguia ver uma mancha vermelha, em um pé.... ERA UMA TATUAGEM DE CORAÇÃO EM UM PÉ MASCULINO
ELA PRENDEU A RESPIRAÇÃO, NÃO SABIA OQ FAZER!!!!!!!
E ENTÃO O SILÊNCIO.
O HOMEM PAROU COM OS PÉS BEM PERTO DELA, AO LADO DA CAMA E FOI BAIXANDO, ATÉ QUE ELE SE AGACHANDO PARA OLHAR EM BAIXO DA CAMA, ESTAVA COM SEU ROSTO E SEUS OLHOS BEM ABERTOS ENCARANDO A MENINA QUE EM PANICO GRITOU
O grito foi ficando estranho, ficando mais perto... E ela abriu os olhos, assustada com o próprio grito, e com o travesseiro entre as pernas, coberta até a cabeça..."

terça-feira, 15 de maio de 2012

Passageira Fantasma

Certo dia, um motorista de táxi rodava pela avenida José Bonifácio em frente ao cemitério Santa Izabel quando uma linda jovem fez sinal.
Ele parou e ela pegou o táxi. Eles deram uma volta na cidade e ele a trouxe de volta para o cemitério. Na hora de pagar, ela mandou que ele fosse receber na casa dos seus pais. Deu-lhe o endereço completo.
No dia seguinte, ele foi cobrar o dinheiro. Encontrou a casa, bateu, um senhor veio recebê-lo. Ele disse que viera cobrar o dinheiro pela corrida de táxi que sua filha havia feito.
O senhor ficou todo desconfiado e disse que sua filha não tinha saído à noite.
O susto maior do pai foi quando o taxista deu o nome da moça e disse como ela era e como estava vestida.
O pai disse que não era possível, que a sua filha tinha morrido já a alguns anos.
- Será que errei de casa, diz o motorista.
Então o motorista começou a ver algumas fotos que estavam na parede e disse:
- É aquela moça.
O motorista saiu perplexo, quase louco, sem saber o que tinha acontecido na noite anterior.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Corvo (Edgar Allan Poe)


    Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
    Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
    E já quase adormecia, ouvi o que parecia
    O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
    "Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
    É só isto, e nada mais."Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
    E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
    Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
    P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
    Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
    Mas sem nome aqui jamais!Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
    Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
    Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
    "É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
    Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
    É só isto, e nada mais".E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
    "Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
    Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
    Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
    Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
    Noite, noite e nada mais.A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
    Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
    Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
    E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
    Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
    Isso só e nada mais.Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
    Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
    "Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
    Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
    Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
    "É o vento, e nada mais."Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
    Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
    Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
    Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
    Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
    Foi, pousou, e nada mais.E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
    Com o solene decoro de seus ares rituais.
    "Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
    Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
    Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
    Disse o corvo, "Nunca mais".Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
    Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
    Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
    Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
    Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
    Com o nome "Nunca mais".Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
    Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
    Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
    Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
    Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
    Disse o corvo, "Nunca mais".A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
    "Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
    Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
    Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
    E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
    Era este "Nunca mais".Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
    Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
    E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
    Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
    Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
    Com aquele "Nunca mais".Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
    À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
    Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
    No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
    Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
    Reclinar-se-á nunca mais!Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
    Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
    "Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
    O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
    O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
    Disse o corvo, "Nunca mais"."Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
    Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
    A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
    A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
    Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
    Disse o corvo, "Nunca mais"."Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
    Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
    Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
    Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
    Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
    Disse o corvo, "Nunca mais"."Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
    Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
    Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
    Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
    Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
    Disse o corvo, "Nunca mais".E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
    No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
    Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
    E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
    Libertar-se-á... nunca mais!

o

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Conto dos Três Irmãos (Harry Potter)

Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo, a certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes magicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as aguas traiçoeiras. Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada. E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta.

Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido suficientemente esperto para a evitar.
E assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencera a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho.
Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos.
E depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, do que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade. Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem o seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.

A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino.O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha do Sabugueiro como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou, alto e bom som, da poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho.Assim a Morte levou consigo o irmão mais velho.
Entretanto, o segundo irmão viajara para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele.No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim o segundo irmão louco de saudades não mitigadas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela. E assim a Morte levou consigo o segundo irmão.
Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontra-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o manto de invisibilidade e deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida.

Planeta do Inferno (Nightwish)


Negando a mentira
Um milhão de crianças lutando
Por vidas em disputa
Para a esperança além do horizonte

Um mundo morto
Um caminho escuro
Nem mesmo encruzilhadas para escolher
Todo o sangue vermelho
Tapetes antes de mim
Eis que esta criação justo de Deus!

Meu único desejo de deixar para trás
Todos os dias da Terra
Um inferno diário de meu reino vem

A rocha 1 jogado novamente
Bem-vindo a São inferno, pouco
Mãe Gaia na matança
Bem-vindo ao paraíso, Soldado

Meu grito 1 neverending
Toda a vida é para temer pela vida
Seu idiota, você andarilho
Você desafiou os deuses e perdeu

Salve-se um centavo para o barqueiro
Salve-se e deixá-los sofrer
Na esperança
Apaixonado
Este mundo não está pronto para A Arca
Salve-se um centavo para o barqueiro
Salve-se e deixá-los sofrer
Na esperança
Apaixonado
A humanidade trabalha em maneiras misteriosas

Bem-vindo ao meu Inferno Planeta

Salve-se ...

A Máscara da Morte Rubra - (Edgar Allan Poe) -

DURANTE muito tempo devastara a "Morte Rubra" aquele país. Jamais se vira peste tão fatal e tão terrível. O sangue era a sua encarnação e o seu sinete: a vermelhidão e o horror do sangue. Aparecia com agudas dores e súbitas vertigens, seguindo-se profusa sangria pelos poros e a decomposição. Manchas escarlates no corpo e sobretudo no rosto da vítima eram o anátema da peste, que a privava do auxílio e da simpatia de seus semelhantes. E toda a irrupção, progresso e término da doença não duravam mais de meia hora.Mas o Príncipe Próspero era feliz, destemido e sagaz. Quando seus domínios se viram despovoados da metade de seus habitantes mandou chamar à sua presença um milheiro de amigos sadios e joviais dentre os cavalheiros e damas de sua corte, retirando-se com eles, em total reclusão, para uma de suas abadias fortificadas. Era um edifício vasto e magnífico, criação de príncipes de gosto excêntrico, embora majestoso. Cercava-o forte e elevada muralha, com portas de ferro. Logo que entraram, os cortesãos trouxeram fornos e pesados martelos para rebitar os ferrolhos. Tinham resolvido não proporcionar meios de entrada ou saída aos súbitos impulsos de desespero dos de fora ou ao frenesi dos de dentro.A abadia estava fartamente provida. Com tais precauções, podiam os cortesãos desafiar o contágio. Que o mundo exterior se arranjasse por si. Enquanto isso, de nada valia nele pensar, ou afligir-se por sua causa. Providenciara o príncipe para que não faltassem diversões. Havia jograis, improvisadores, bailarinos, músicos. Havia Beleza e havia vinho. Lá dentro, tudo isso e segurança. Lá fora, a "Morte Rubra".Foi quase ao término do quinto ou sexto mês de sua reclusão, enquanto a peste raivava mais furiosamente lá fora, que o Príncipe Próspero ofereceu a seus mil amigos um baile de máscaras da mais extraordinária magnificência.Que voluptuosa cena a daquela mascarada! Mas antes descrevamos os salões em que ela se desenrolava. Era uma série imperial de sete salões. Em muitos palácios, contudo, tais sucessões de salas formam uma longa e reta perspectiva quando as portas se abrem de par em par, não havendo quase obstáculo à perfeita visão de todo o conjunto. Aqui, o caso era bastante diverso, coisa aliás de esperar do amor do duque pelo fantástico. Os aposentos estavam tão irregularmente dispostos que a visão abrangia pouco mais de cada um de uma vez. De vinte ou de trinta em trinta jardas havia uma curva aguda e, a cada curva, uma nova impressão.À direita e à esquerda, no meio de cada parede, uma enorme e estreita janela gótica abria-se para um corredor fechado que acompanhava as voltas do conjunto. Essas janelas eram providas de vitrais, cuja cor variava de acordo com o tom dominante das decorações do aposento para onde se abriam. O da extremidade oriental, por exemplo, era azul, e de azul vivo eram suas janelas. O segundo aposento tinha ornamentos e tapeçarias purpúreos, e purpúreas eram as vidraças. O terceiro era todo verde, e verdes eram também as armações das janelas. O quarto estava mobiliado e iluminado com cor alaranjada. 9 quinto era branco, e o sexto, roxo. O sétimo aposento estava totalmente coberto de tapeçarias de veludo preto, que pendiam do teto e pelas paredes, caindo em pesadas dobras sobre um tapete do mesmo material e da mesma cor. Mas somente nesta sala a cor das janelas não correspondia à das decorações. As vidraças, ali, eram escarlates, da cor de sangue vivo.Ora, em nenhum daqueles sete salões havia qualquer lâmpada ou candelabro em meio à profusão de ornamentos dourados que se espalhavam por todos os cantos ou pendiam do forro, Luz de espécie alguma emanava de lâmpada ou vela, dentro da série de salas. Mas, nos corredores que acompanhavam a perspectiva, erguia-se, em frente de cada janela, uma pesada trípode com um braseiro que projetava seus raios pelos vitrais coloridos e assim iluminava deslumbrantemente a sala, produzindo numerosos aspectos vistosos e fantásticos. Na sala negra, porém, o efeito do clarão que raiava sobre as negras cortinas, através das vidraças tintas de sangue, era extremamente lívido e dava uma aparência tão estranha às fisionomias dos que entravam que poucos eram os bastante ousados para nela penetrar.Era também nesse salão que se erguia, encostado à parede que dava para oeste, um gigantesco relógio de ébano. O pêndulo oscilava para lá e para cá, com um tique-taque vagaroso, pesado, monótono. E quando o ponteiro dos minutos concluía o circuito do mostrador e a hora ia soar, emanava dos pulmões de bronze do relógio um som claro, elevado, agudo e excessivamente musical, mas tão enfático e característico que, de hora em hora, os músicos da orquestra viam-se forçados a parar por instantes a execução da música para ouvir-lhe o som: e dessa forma, obrigatoriamente, cessavam os dançarmos suas evoluções e toda a alegre companhia sentia-se, por instantes, perturbada. E enquanto os carrilhões do relógio ainda soavam, observava-se que os mais alegres tornavam-se pálidos e os mais idosos e serenos passavam as mãos pela fronte, como se em confuso devaneio ou meditação. Mas quando os ecos cessavam por completo, leves risadas imediatamente contagiavam a reunião; os músicos olhavam uns para os outros e sorriam de seu próprio nervoso e loucura, fazendo votos sussurrados, uns aos outros, para que o próximo carrilhonar do relógio não produzisse neles idêntica emoção. E, no entanto, passados os sessenta minutos (que abarcam três mil e seiscentos segundos do Tempo que voa), ouvia-se de novo outro carrilhonar do relógio, e de novo se viam a mesma perturbação, o mesmo tremor, as mesmas atitudes meditativas. A despeito, porém, de tudo isso, que esplêndida e magnífica folia!O duque tinha gostos característicos. Sabia escolher cores e efeitos. Desprezava os ornamentos apenas em moda. Seus desenhos eram muito audazes e vivos, e suas concepções esplendiam com um lustre bárbaro. Muita gente o julgava louco. Mas seus cortesãos achavam que não. Era preciso ouvi-lo, vê-lo e tocá-lo, para se estar certo de que ele não o era.Por ocasião dessa grande festa, dirigira ele próprio, em grande parte, os mutáveis adornos dos sete salões e fora o seu próprio gosto orientador que escolhera as fantasias. Mas não havia dúvida de que eram grotescas. Havia muito brilho, muito esplendor, muita coisa berrante e fantástica - muito disso que depois se viu no Hernani. Havia formas arabescas, com membros e adornos desproporcionados.Havia concepções delirantes, como criações de louco; havia muito de belo e muito de atrevido, de esquisito, algo de terrível e não pouco do que poderia causar aversão. Na realidade, uma multidão de sonhos deslizava para lá e para cá nas sete salas. E estes sonhos giravam de um canto para outro, tomando a cor das salas, e fazendo a música extravagante da orquestra parecer o eco de seus passos.Mas logo soava o relógio de ébano que se erguia na parede de veludo. E então, durante um instante, tudo parava e tudo silenciava, exceto a voz do relógio. Os sonhos paravam, como que gelados. Os ecos do carrilhão, porém, morriam - haviam durado apenas um instante -, e uma leve gargalhada, mal contida, acompanhava os ecos que morriam. E logo depois a música explodia, e os sonhos reviviam e rodopiavam mais alegremente do que dantes, tingindo-se da cor das janelas multicoloridas, através das quais se filtravam os luminosos raios das trípodes. Mas então nenhum dos mascarados se aventurava até a sala que, entre as sete, mais ao ocidente se encontrava, porque a noite estava declinando e ali dimanava urna luz mais vermelha através das vidraças sangüíneas, e o negror dos panejamentos tenebrosos apavorava. E, para aqueles cujos pés pisavam o tapete negro, do relógio de ébano ali perto provinha um rumor abafado, mais solenemente enfático do que o que alcançava os ouvidos de quem se comprazia nas alegrias dos outros aposentos mais distantes.Mas esses outros aposentos estavam densamente apinhados e neles palpitava febrilmente o coração da vida. E a folia continuou a rodopiar, até que afinal o relógio começou a soar a meia-noite. E, então a música parou, como já disse; e aquietaram-se as evoluções dos dançarmos; e, como dantes, houve uma perturbadora paralisação de tudo. Mas agora o carrilhão do relógio teria de bater doze pancadas. E por isso aconteceu talvez que maior número de pensamentos, e mais demoradamente, se inserisse nas meditações daqueles que, entre os que se divertiam, meditavam. E por isso talvez aconteceu também que, antes de silenciarem por completo os derradeiros ecos da última pancada, muitos foram os indivíduos, em meio à multidão, que puderam certificar-se da presença de um vulto mascarado que até então não havia chamado a atenção de ninguém. E, tendo-se espalhado, aos cochichos, a notícia dessa nova presença, elevou-se imediatamente dentre a turba um burburinho ou murmúrio que exprimia desaprovação e surpresa a princípio e, finalmente, terror, horror e náusea.Numa assembléia de fantasmas, tal como a descrevi, bem se pode supor que tal agitação não podia ter sido causada por uma aparência vulgar. Na verdade, a licença carnavalesca da noite era quase ilimitada; mas o vulto em questão excedia o próprio Herodes em extravagância e ia além dos limites indecisos de decência exigidos pelo próprio príncipe. Há no coração dos mais levianos fibras que não podem ser tocadas sem emoção. Mesmo para os mais pervertidos, para quem a vida e a morte são idênticos brinquedos, há assuntos com os quais não se pode brincar. Todos os presentes, de fato, pareciam agora sentir profundamente que nos trajes e atitudes do estranho não havia finura nem conveniência. Era alto e lívido, e envolvia-se, da cabeça aos pés, em mortalhas tumulares. A máscara que ocultava o rosto era tão de modo a quase reproduzir a fisionomia de um cadáver enrijecido que a observação mais acurada teria dificuldade em perceber o engano.E, contudo, tudo isso poderia tolerar-se, se não mesmo aprovar-se, pelos loucos foliões, não tivesse o mascarado ido ao ponto de figurar o tipo da "Morte Rubra". Seu traje estava salpicado de sangue, e a ampla testa, assim como toda a face, borrifada de horrendas placas escarlates. Quando os olhos do Príncipe Próspero caíram sobre aquela imagem espectral (que, em movimentos lentos e solenes, como se quisesse representar mais completamente seu papel, rodopiava aqui e ali entre os dançarmos), viram-no ser tomado de convulsões, a princípio um forte tremor de pânico ou repugnância, para logo depois enrubescer-se de raiva.- Quem ousa - perguntou ele, roucamente, aos cortesãos que o cercavam -, quem ousa insultar-nos com tão blasfema pilhéria? Agarrem-no e desmascarem-no, para podermos conhecer quem teremos de enforcar, ao amanhecer, no alto das ameias!Ao pronunciar estas palavras achava-se o Príncipe Próspero no salão dourado e azul, do lado do poente. Elas atravessaram todas as sete salas, alta e claramente, pois o príncipe era um homem ousado e robusto e a música havia silenciado a um gesto de sua mão.Era no salão azul que se achava o príncipe, tendo ao lado um grupo de cortesãos pálidos. Logo que ele falou, houve um leve movimento de investida por parte daquele grupo na direção do intruso, que, no momento, se encontrava quase ao alcance da mão, e agora, em passadas firmes e decididas, mais se aproximava do príncipe. Mas em virtude de um indefinível terror que a todos os presentes causara o louco atrevimento do mascarado, não se achou ninguém que ousasse estender a mão para agarrá-lo. De modo que, sem empecilho, passou a uma jarda do príncipe, e, enquanto toda a numerosa assembléia, como movida por um só impulso, recuava do centro das salas para as paredes, seguiu ele seu caminho sem deter-se, com os mesmos passos solenes e medidos que desde o começo o haviam distinguido, do salão azul ao salão purpúreo, do purpúreo ao verde, do verde ao alaranjado, deste ao branco e até mesmo ao roxo, sem que um movimento de decisão se fizesse para dete-lo. Foi então, porém, que o Príncipe Próspero, enlouquecido de raiva e de vergonha de sua própria e momentânea covardia, correu precipitadamente através das seis salas, sem que ninguém o seguisse, pois um terror mortal de todos se apossara. Brandia um punhal desembainhado e se aproximara, com rápida impetuosidade, a poucos passos do vulto que se retirava, quando este último, tendo alcançado a extremidade do salão de veludo, voltou-se subitamente e arrostou seu perseguidor. Ouviu-se um grito agudo e o punhal caiu, cintilante, sobre o negro tapete, onde, logo, instantaneamente, tombou mortalmente abatido o Príncipe Próspero. Então, recorrendo à coragem selvagem do desespero, numerosos foliões lançaram-se sem demora no lúgubre aposento, e, agarrando o mascarado, cujo alto vulto permanecia ereto e imóvel dentro da sombra do relógio de ébano, pararam, arfantes de indizível pavor, ao sentir que nenhuma forma tangível se encontrava sob a mortalha e por trás da máscara cadavérica, quando as seguraram com violenta rudeza.E foi então que reconheceram estar ali presente a "Morte Rubra". Ali penetrara, como um ladrão noturno. E um a um, foram tombando os foliões, nos salões da orgia, orvalhados de sangue, morrendo na mesma posição desesperada de sua queda. E a vida do relógio de ébano se extinguiu com a do último dos foliões. E as chamas das trípodes expiraram. E o ilimitado poder da Treva, da Ruína e da "Morte Rubra" dominou tudo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012


CUIDADO COM AS FERRADURAS — ELAS LHE  PODERÃO TRAZER DESGRAÇAS


 Muitas pessoas têm o hábito de trazer por trás das portas da sua casa, uma pequena ferradura dependurada. Dizem que dão sorte e a maioria dependura "uma ferradura
qualquer" sem observar atentamente o tipo de ferradura que é, e julgam que qualquer
uma faz o mesmo efeito, sem saber que tem que ser uma pequena ferradura de asno,
caso contrário, ela apenas servirá como adorno e não ajudará o seu proprietário em
nada.
           Mas, para que o leitor se ilustre e fique sabendo o verdadeiro significado da
ferradura relataremos uma pequena história.


            Quando o bárbaro rei Herodes mandou degolar todos os meninos de até 2 anos, que se
encontrassem em Belém e nos seus arredores, pois estava convencido que entre eles se
encontrava o menino Jesus.
        Mas eis que o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse:
"Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica ali até
que eu te avise, porque Herodes anda em busca do menino para mandar matar".
José obedeceu à ordem do anjo, com prontidão, partindo mesmo de noite,
com o menino e sua mãe para o Egito.
Mas, como a Virgem estivesse na impossibilidade de empreender ama tão longa e
escabrosa viagem, José, seu esposo, foi procurar uma mula e Maria e o Menino
montaram nela, encetando assim a jornada.
Em certo lugar, porém a mula, espantando-se derrubou-os.
José, aflitíssimo, procurou um jumento e ordenou que Maria Santíssima e
o Menino Jesus montassem no mesmo. Chegaram até o Egito e José abençoou
aquele pequeno animal.
           
        Eis porque quando encontrarem uma ferradura pequena, deve pegá-la, e
guardá-la, pois elas são abençoadas.
Por isso que a ferradura passou a ser uma espécie de talismã da sorte, mas
como puderam ver não é uma ferradura qualquer, deve ser uma pequena
ferradura que tenha pertencido a um jumento.